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Sociedade estigmatizante

10/12/2017

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Um relatório da OMS(Organização Mundial da Saúde) revelo mais de 800 mil pessoas se suicidam no no mundo, o que representa uma morte a cada 40 segundos. Segundo o relatório da OMS, o Brasil é o oitavo país com mais suicídios. Em 2012, foram registrados 11821 casos. A Índia está em primeiro lugar com 258 mil casos seguida da China com 120 mil. Segundo especialistas, uma das maiores causas para tentativas de suicídio é a depressão. Este relatório é de 2012 acredita-se que de la para cá este numero tenha aumentado exponencialmente. O numero de casos de pessoas com doenças e síndromes depressivas é cada vez maior e muito preocupante, pois a depressão pode causar uma grande devastação na vida da pessoa e dos que são próximos.
A forma como estamos, levando a vida, de forma frenética, o estresse e o estilo de vida, baseado no consumo pelo consumo, basicamente estamos trabalhando apenas para alimentar o impulsivo desejo do ter apenas pelo ter, sem um objetivo maior. A sociedade deste século está criando pessoas individualistas que não se importam com o restante do mundo, apenas consigo mesmas,  a prisão de concreto e vidro das grandes cidades  nos torna solitários, mesmo no meio da multidão. Esta modernidade programada, que segundo o sociólogo francês Alan Touraine realiza a substituição da sociedade pela ideia de mercado: "Ela reduz a sociedade a um mercado e a um fluxo incensante de mudanças, mas, não da conta dos comportamentos  que escapam a este reducionismo." O que Touraine quer nos dizer é que a realidade da sociedade atual se transformou profundamente e tem engessado os comportamentos e anseios, somos guiados pelas modas inventadas pela ideologia mercadológica que tem ditado o nosso modus vivendis, fazendo que nos tornemos reféns do sistema.
Essa realidade do homem moderno tem alimentado profundos estigmas sociais. Aqueles que não estão de acordo com o modelo imposto, os que não alimentam o famigerado sistema, são considerados anormais, fora da razão, automaticamente excluídos e estigmatizados. O estigma é um fenômeno social altamente prejudicial e destruidor que consiste em expor características pessoais de forma pejorativa.
Segundo o pensador e sociólogo canadense Erving Goffman em seu livro intitulado: "Estigma" pode se identificar três tipos de estigmas diferentes, em primeiro lugar há as abominações do corpo - as várias deformidades físicas. Em segundo as culpas de caráter individual, percebidas pela sociedade como vontade fraca, paixões titânicas ou não naturais, crenças falsas e rígidas, desonestidade, sendo essas inferidas de relatos de distúrbios mentais, prisão, vício, alcoolismo, homossexualidade, desemprego, tentativas de suicídio e comportamento político radical. Finalmente há os estigmas tribais, de raça, nação, religião, que podem ser transmitidos através da linhagem e contaminar por igual todos os membros de uma família" (Goffman 1963 p. 7)
O estigma está presente em nosso cotidiano na maioria das vezes não percebemos como depreciamos as pessoas, quando excluímos ou rotulamos uns aos outros, o estigma está presente na animosidade com que tratamos as pessoas diferentes, na forma de violência contra raça, cor, opção, religião ou forma de viver. Quando um indivíduo ou um grupo não vive de acordo com os ditames que a maioria acha estar correto, quando ele não alimenta o sistema opressor e excludente, quando ele não está de acordo com o 'estereótipo perfeito' ele se torna  algo que incomoda então a sociedade imprime estigma para o enfraquecer e isolar.
Essa matriz de vida liquida, plástica, sintética construída a partir do egoísmo e da individualidade de um sistema opressor é a responsável pelo aumento do numero de suicídios, violências, assassinatos e guerras. As pessoas se sentem vazias, com medo, sem vontade de viver porque sentem que falta algo, que há um vazio pelo qual tentam preencher com uma vida cheia de futilidades, quando na verdade o que realmente falta é altruísmo, amor, vontade de ajudar o outro de se sentir verdadeiramente útil, fazendo o bem e ajudando as pessoas, sem esperar nada em troca, apenas intuindo o bem e distribuindo-o em forma de boa ações, enchendo-se do bem e transformando a vida vazia em algo transformador que muda e reveste seu ser apenas sentindo-se útil para as pessoas, vivendo não só para si, mas também para os outros, colocando seus dons a serviço do próximo, esse é o caminho da iluminação, da santidade, do dharma, do Reino de Deus, ou seja qual nome você​ queira dar é o resumo de todas as doutrinas e caminhos religiosos ou filosóficos  que a maioria dos pensadores, lideres, santos, profetas quiseram dizer a seus seguidores.
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