Não há como planejar um futuro, para humanidade sem enfrentar a devastação ecológica que desde o século passado tem tomado proporções gigantescas. A ameaça do agravamento da poluição da água e no ar, alterações climáticas, extinção de espécies, desmatamento e muitos outros problemas ambientais que recaem sobre toda a forma de vida na terra devem estar na pauta das grandes nações, visto que são elas as que mais contribuem para este fim.
A raiz de todo o problema está no famoso problema do Homem, alguns mais outros menos, o famoso egoísmo. O desejo do ter pelo ter, do poder e da dominação é o sentimento mais antigo que o homem possui, pois a história tem comprovado que desde muito tempo, guerras e dizimação sempre foram causadas pelo homem, movido pelo desejo da posse, de ser soberano de estar acima de tudo e de todos. De acordo com o teólogo Leonardo Boff, os impactos da devastação da terra afetam negativamente a vida de mais de 80% da população mundial, que vive no Sul. Mais de um bilhão de pessoas vivem em situação de pobreza absoluta, enquanto mais de 3 bilhões não tem o suficiente para comer e mais de 60 milhões morrem de fome a cada ano. Ainda segundo Boff essa transgressão desigual, que ele chama de pecado original, ou pecado do mundo, sempre esteve presente, e cada vez mais transformando-se em um sistema desigual e injusto, no qual poucos tem muito, e muitos tem pouco. A Terra é o maior sacramento instituído pelo criador ao ser humano. O Pai nos delegou o cuidado de mantê-la, cuidar e respeitar, porque ela não pertence a ninguém, mas é de todos e tem condições de suprir a todos de forma igual, não fosse o egoísmo. É preciso que o mundo se conscientize que o futuro humano depende do bem estar da criação, e que todos os sistemas estejam em equilíbrio. A carta da Terra adverte: “Estamos diante de um momento crítico na história da Terra, numa época em que a humanidade deve escolher o seu futuro. À medida que o mundo torna-se cada vez mais interdependente e frágil, o futuro enfrenta, ao mesmo tempo, grandes perigos e grandes promessas. Para seguir adiante, devemos reconhecer que, no meio da uma magnífica diversidade de culturas e formas de vida, somos uma família humana e uma comunidade terrestre com um destino comum. Devemos somar forças para gerar uma sociedade sustentável global baseada no respeito pela natureza, nos direitos humanos universais, na justiça econômica e numa cultura da paz. Para chegar a este propósito, é imperativo que nós, os povos da Terra, declaremos nossa responsabilidade uns para com os outros, com a grande comunidade da vida, e com as futuras gerações.” (Preâmbulo da Carta da Terra). É urgente que tomemos consciência de que somos autores deste problema, que as nações mais ricas, principalmente as do norte, cessem esse processo de industrialização e estratificação desenfreado e que políticas severas que protejam o meio ambiente sejam colocadas em prática por todos. Pois como diz a teóloga norte americano Sallie McFague: “Ao destruir a saúde do planeta, estamos destruindo a nossa.” O importância da criação da Terra, como sacramento ao homem foi pronunciado a muito tempo, antes mesmo de o homem habitar aqui, quando Deus em Gênesis 1 declarou que o mundo era bom e mais tarde ratificou a aliança ao criar todas as coisas vivas (Gênesis 9), Deus viu que tudo o que havia criado era bom. Desta forma é muito importante que reafirmemos o cuidado com a Terra, nosso lar, é obrigação de todo aquele que crê em Deus, proteger o maior presente deixado para pelo criador, a própria criação.
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As instituições financeiras são as maiores responsáveis pela pobreza e desigualdade no mundo18/2/2018 Desde que o liberalismo econômico e a economia de mercado se tornaram o único e mais forte sistema mundial, instituições financeiras tem aferido grande lucros com aqueles que não tem muito e que constantemente vivem a mercê das poderosas instituições bancárias e de crédito, desde a mais pequena até os maiores conglomerados. Mais da metade da renda de 27% da população mais pobre no Brasil, com ganhos até R$ 2 mil, é usurpada pelos juros abusivos de instituições financeiras. Um levantamento, feito pela Serasa Experian, mostra que os valores pedidos em empréstimos são usados para pagamentos de produtos financeiros como cartão de crédito, empréstimo consignado, empréstimo pessoal, financiamento de automóvel, financiamento imobiliário e cheque especial.
Não precisamos ressaltar que no Brasil os juros são altíssimo, fruto das altas taxas de impostos, sendo um dos países mais caros do mundo, isso se considerarmos a renda geral da população mais pobre, que é a grande maioria. Existe uma caçada famigerada e injusta destas instituições à parcela mais pobre da população, em especial aos aposentados, pensionista e funcionários públicos, pois o valor da parcela a ser paga já é descontado direto no pagamento do benefício. É um verdadeiro assédio, muitas são aposentados idosos, sem instrução que são enganados por agentes espertalhões que só explicam o lado bom do negócio, aproveitando da falta de informação dessas pessoas mais simples. Muitas operações financeiras estão cheias de taxas e juros embutidos que na conta final somam uma quantia na maioria das vezes três superior ao valor emprestado. Muitos já estão com mais de 30% da renda comprometida com o pagamento de empréstimos. O que essas pessoas não sabem é que se guardassem esse dinheiro na poupança ou em investimentos que rendem mais que a poupança, em pouco tempo teriam o dinheiro para comprar o bem, sem precisar pagar a mais por ele, e o melhor de tudo sem adquirir uma dívida futura. Esse modelo de esgoelamento da população vem do maldito exemplo dos norte americanos, que são consumistas por natureza, e impulsionado pela propaganda que é patrocinada pelas grandes empresas, a maioria dos países latina americanos copiou o modelo norte americano, modas e tendências são criadas lá para serem vendidas aqui. O pior de toda essa situação é que a pessoas não percebem que estão sendo jogadas em um ciclo vicioso, viver devendo, quando termina de pagar um dívida já esta pronto para contrair outra, muitas vezes maior até do que a anterior. A surpresa vem quando o orçamento fica apertado e situações não esperadas acontecem, como doenças, viagens ou outros, o dinheiro não vai dar para pagar a prestação do empréstimo. É ai que as instituições enriquecem, e ganham dinheiro, através do sofrimento e angustia de pessoas desesperadas, que não conseguem quitar suas dividas e a cada mês os juros vão aumentando chegando a um ponto em que se torna impagável. Os grandes bancos e instituições de crédito são os responsáveis atrás da corrupção política, pela desigualdade, pobreza e morte de muitas pessoas, que muitas vezes não vendo um fim, e nem uma solução acabam tirando sua própria vida ou até mesmo se tornando criminosas . São as instituições financeiras as grandes responsáveis pela falência de pequenas empresas e da população no geral, apoiadas por um sistema político corrupto. Como disse Henry Ford: “Convém que o povo não perceba o sistema bancário e monetário, pois se percebesse acredito que haveria uma revolução amanhã de manhã.” Enquanto estivermos alimentando esses males, nunca seremos livres, tornaremos escravos de um sistema excludente e opressor. A vida passa os filhos crescem nós envelhecemos e não conseguimos viver em paz e harmonia, pois estamos preocupados em como pagar as dívidas. A solução é fácil, viver uma vida simples e aproveitar os momentos, tornando-os mais felizes. Jesus disse: reconhece aquilo que está a tua frente e o que te é oculto, te será revelado. Com efeito, não há nada encoberto que não será manifestado (CF Mt 10,26; Mc 4,22). Com efeito, é comum ouvir desde a época de Jesus o Reino de Deus está próximo, e durante muitos séculos as pessoas tem procurado esse tal reino que não é deste mundo, mas que virá, ou esta em algum lugar. O Evangelho de Tomé é considerado não canônico pela Igreja, por não fazer parte do cânon bíblico, contudo, ele serve para confirmar e esclarecer os quatro evangelhos. Calcula-se que o Evangelho de Tomé teria sido escrito por volta do ano 140 d.C., tendo sido citado por alguns dos primeiros padres do cristianismo, como Orígenes (185-254). Em Tomé Jesus disse: “Se aqueles que vos guiam vos disserem, ‘Vede, o Reino está no céu’, então os pássaros do céu preceder-vos-ão. Se vos disserem ‘está no mar’, então os peixes preceder-vos-ão. Mas o Reino está dentro de vós e (também) fora de vós. Quando vos conhecerdes a vós mesmos, então sereis conhecidos e compreendereis que sois vós os filhos do Pai vivo. Mas se não vos conhecerdes, então vivereis na pobreza e sereis a pobreza.” Em consonância com o escritor de Tomé está Lucas: "O Reino de Deus não vem de modo visível, nem se dirá: 'Aqui está ele', ou 'Lá está'; porque o Reino de Deus está no meio de vocês".(Lc 17:20) .
Foi claramente respondido pelo mestre nos evangelhos, o Reino de Deus está dentro de cada um de nós, ele é construindo no coração do homem que pratica o amor ao próximo a solidariedade e a verdadeira partilha, vê as necessidades do próximo e o ajuda. Nesse reino não há espaço para ganância, ódio, egoísmo, guerra, exclusão ou qualquer tipo de tirania e opressão. As chaves do reino estão no amor, porque ele é simplicidade. É incrível como algumas pessoas insistem em complicar o ensinamento de Jesus, criando empecilhos para o verdadeiro entendimento, usando e deturpando aquilo que está muito claro, dificultando as coisas para beneficio próprio. Desde que o Reino de Deus foi anunciado até hoje, espertalhões tem se beneficiado dele, negociando seu ingresso, vendendo e trocando um lugar. Tornando-o muito distante, algo que precisa ser alcançado a muito custo, através de trocas, quando o Reino de Deus está disponível para todo aquele que o quiser, basta imitar os ensinamentos do cristo, sem dogmas, sem mortificações ou grandes penitências ou quantias em dinheiro, porque o Reino de Deus não pode ser vendido, nem trocado, não é fornecido por nada nem ninguém, também não tem dono, só existe uma única norma que é o amor e o bem. Muitos que se dizem “doutores da lei” ainda estão buscando e estudando o que seria realmente o Reino de Deus, e como ou quando será, cegos dentro de suas próprias visões. O Reino de Deus também não é uma igreja, nem uma instituição e nem tão pouco um lugar ou um livro ou uma doutrina, ele é a chama da divindade dentro de cada um de nós, em muitos ele esta adormecido. É um lampejo do espirito divino, que está ligado a nós por nossa alma desde a concepção nos acompanha, a maior prova disto é que desde que o homem teve noção de si e de sua existência ele procura Deus, inventa imagens e divindades para externar o divino, todos os povos que já passaram ou ainda, permanecem aqui tiveram seu deus ou seus deuses. Até mesmo muitas daquelas tribos que estão intocadas na Oceania cultuam divindades e oram para um deus, que na verdade é o mesmo Deus dos cristãos, dos hindus, dos judeus e árabes, porque o princípio é o mesmo, buscar o sagrado e estar em comunhão com ele. É necessário nascer de novamente, ou seja, mudar a forma de ser e de pensar para entrar no Reino de Deus, é necessário ser como as crianças, simples e sem maldades porque é muito simples o reino. "Deixem vir a mim as crianças, não as impeçam; pois o Reino de Deus pertence aos que são semelhantes a elas. Digo a verdade: Quem não receber o Reino de Deus como uma criança, nunca entrará nele" (Marcos 10:14-15) Muitos apostatas e falsos profetas tem iludido as pessoas com uma falsa mensagem do Reino de Deus, criando doutrinas pseudoteológicas de prosperidade, como se o reino fosse apenas para os mais afortunados, vendendo o nome de Deus, usurpando e mentido para as pessoas, interpretando de acordo com o seu próprio capricho, Jesus já disse: sepulcro caiados, cobras víboras. Em nome de Deus vemos construírem grandes templos, enquanto o povo passa fome, em nome do Reino de Deus falso pastor tem amealhado verdadeiras fortunas, em nome de Deus pessoas matam pessoas, julgam ou excluem jogando-as a margem da sociedade, em nome de Deus igrejas tem crescido e se transformados em grandes negócios, e não acontece só agora, desde que Deus se tornou conhecido, homens tem usado seu nome para impor regras e doutrinas levando medo, culpa e opressão para as pessoas, fazendo-as buscar o reino, que eles criaram, não verdadeiro, para satisfazer suas torpes paixões e desejos egoísticos de serem aclamados como “homens de Deus” cegos guiando cegos. O Reino de Deus é a verdade que conhecida liberta. |
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