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A raiz de todo mal

16/9/2018

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A Exclusão Social se desenvolve através de um processo de afastamento e privação de determinados indivíduos ou de grupos sociais das diversas estruturas da sociedade. Embora muitos atribuem ao capitalismo contemporâneo, a grande causa da exclusão, podemos verificar que a raiz da exclusão é bem mais antiga que a explosão capitalista gerada pela primeira revolução industrial. Sistemas de gestão como o socialismo ou até mesmo o comunismo são tão excludentes quanto o capitalismo, basta ver países como Rússia e Cuba, embora tenham algumas melhorias em certos campos, são altamente desiguais e supra excludentes, onde apenas uma elite politica do partido, possuía benefícios e privilégios, enquanto a grande população vive com reservas e até mesmo fome. Quando pergunto para pessoas e amigos que viveram o regime russo, por exemplo, dizem que está melhor agora que no tempo dos seus pais.

É importante saber que assim como outrora em tempos passados, as pessoas que se encaixam no contexto excludente sofrem diversos preconceitos. Elas são marginalizadas pela sociedade e impedidas de exercer livremente seus direitos de cidadãos. Saliento as principais: condições, financeiras, religião, cultura, sexualidade, escolhas de vida, dentre outros. Os excluídos sociais de hoje, geralmente são minorias étnicas, culturais e religiosas. Como exemplos temos os negros, índios, idosos, pobres, homossexuais, toxicodependentes, desempregados, pessoas portadoras de deficiência, dentre outros. Essas pessoas ou grupos sociais sofrem muitos preconceitos. Isso afeta diretamente aspectos da vida, e, em muitos casos, gera outro problema chamado de “isolamento social”.

Em tempos muito mais remotos o isolamento social já foi tão grande quanto hoje, ou até mesmo maior. Os povos pré-colombianos por exemplo, Maias, Astecas e Incas suas crianças ao nascer eram levadas aos anciões e se estes encontrassem qualquer defeito condenavam o inocente imediatamente a morte. Muitas tribos indígenas no Brasil cometem o infanticídio, as mulheres vão sozinhas para a floresta. Lá, depois do parto, examinam a criança. Se ela tiver alguma deficiência, a mãe volta sozinha para a aldeia. A prática acontece em pelos menos 13 etnias indígenas do Brasil, principalmente nas tribos isoladas, como os suruwahas, ianomâmis e kamaiurás. Cada etnia tem uma crença que leva a mãe a matar o bebê recém-nascido. Criança com deficiência física, gêmeos, filho de mãe solteira ou fruto de adultério podem ser vistos como amaldiçoados dependendo da tribo e acabam sendo envenenados, enterrados ou abandonados na selva. Uma tradição comum antes mesmo de o homem branco chegar por lá, mas que fica geralmente escondida no meio da floresta. Essas tribos vivem em um tipo de sistema tribalista, onde geralmente é tudo em comum, não conhecem o capitalismo, mas, possuem práticas discriminatórias e excludentes, o que mostra que o capitalismo não é o único meio de exclusão.

A Bíblia registra em sua grande maioria de relatos, situações de opressão, preconceito e exclusão, desde o princípio os escritos bíblicos narram momentos e histórias de pessoas ou grupos passando por situações de exclusão. Do Gênesis até o Apocalipse são vários os momentos. Basta observarmos os relatos dos Evangelhos e vamos perceber o quanto a sociedade do tempo de Jesus era opressora, desigual e excludente. Basicamente Jesus passou todo o tempo do seu ministério terrestre denunciando o sistema, ao lado dos marginalizados e excluídos. “O Espírito do Senhor é sobre mim, Pois que me ungiu para evangelizar os pobres. Enviou-me a curar os quebrantados de coração, A pregar liberdade aos cativos, E restauração da vista aos cegos, A pôr em liberdade os oprimidos, A anunciar o ano aceitável do Senhor.” (Lucas 4:18,19). Não raras vezes podemos ver atitudes de Jesus contra as formas injustas da Israel daquele tempo. O povo judeu que sempre foi oprimido e castigado por nações estrangeiras, continuava negando a justiça a melhora nas condições de vida de seus pobres e excluídos.

É clara a pregação de Jesus em favor dos mais humildes. “Porque tive fome, e destes-me de comer; tive sede, e destes-me de beber; era estrangeiro, e hospedastes-me; estava nu, e vestistes-me; adoeci, e visitastes-me; estive na prisão, e foste me ver. (Mateus 25:35,36). Nesta passagem Jesus estabelece os critérios do serviço ao outro como base da vida cristã. O Evangelho nos leva a olhar a realidade do mundo de forma fraternal e solidária. A unidade cristã, a solidariedade, a dignidade humana, o princípio de fraternidade, o cuidado com a integridade da criação divina, o respeito a pluralidade e a diversidade foram e são princípios norteadores do Movimento de Jesus. Ninguém foi tão inclusivo quando Jesus. Em um mundo onde a opressão impera, ele nos mostrou que o amor pode transformas as estruturas desumanas.

​Mas onde está a origem do mau, de onde vem toda maldade e injustiça que gera medo, injustiças e opressão? Jesus mesmo respondeu: “Qual dentre vós é o homem que, se o filho lhe pedir pão, lhe dará uma pedra? Ou se lhe pedir peixe, lhe entregará uma cobra? Assim, se vós, sendo maus, sabeis dar bons presentes aos vossos filhos, quanto mais vosso Pai que está nos céus dará o que é bom aos que lhe pedirem. (Mt 7,9s). A maldade está dentro de nós, somos ao mesmo tempo, luz e trevas, criaturas imperfeitas em busca do amor de Deus que nos leva a perfeição. Sim, fomos criados a imagem e semelhança de Deus, mas, não somos Deus. Mas temos plenas condições de trilhar o caminho da evolução através do amor de Deus, quando vencemos o egoísmo e o orgulho, quando optamos por partilhar e ser solidários com os que mais necessitam, estamos transformado o mundo no Reino de Deus.
 
 

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