(Mateus 10: 24-39) O discipulados cristão proposto por Jesus, não exige apenas um sim, um dedicar-se por metade. Jesus nos diz que deve ser uma entrega completa, racional e integral. Quando nos predispomos a aceitar a Palavra de Deus estamos aderindo a um caminho difícil. Primeiramente somos obrigados a ouvir e obedecer o chamado. Esse chamado não é simples, exige uma série de entregas, precisamos abrir mão de nós mesmos, de nossas situações de conforto, não há espaço para o egoísmo, para olhar somente para si. O olhar é comunitário é amar o mundo, sobretudo aqueles que mais necessitam. Ele exige mudanças transformações interiores, mudança de conduta, e isso pode ser muito difícil no começo. Jesus nos diz que seu discípulo ou discípula precisam estar a serviço dos pequeninos do mundo, daqueles que sofrem dos necessitados, desassistidos e marginalizados é transformar vidas. Para isso é preciso aumentar nossa visão, eu mesmo chamo de “super visão cristã”. Ver o Senhor, naquele que tem fome e sede e dar de comer, olhar no enfermo e ver o rosto de Jesus oferecer auxílio e consolo. Quando enxergamos no rosto sofrido do imigrante e agimos com compaixão e solidariedade estamos olhando exatamente como Jesus, é o olhar e a visão dos Santos, olhar da fé compassivo característico dos verdadeiros filhos e filhas Deus. Ontem dia 20 de junho comemoramos o Dia Mundial do Refugiado. O número de refugiados cresceu mais de 50% nos últimos 10 anos: já são cerca de 25,4 milhões em todo o mundo. Homens, mulheres crianças que saem de seus locais de origem por causas como guerra, fome, injustiça de social, quando muito, tem a sorte de achar um campo de refugiados, mesmo vivendo em situações precárias é melhor do que a grande maioria que vai de um local ao outro, dormem nas ruas muitas vezes prostituindo-se para poder comer. Neste caso, como cristãos e cristãs precisamos exigir dos governos maiores agilidades nas políticas de atendimento aos imigrantes. Tem lugar para todas as pessoas, a Terra pertence ao Criador que nos deu para vivermos em Graça. Neste mês de junho também celebramos o mês do Orgulho LGBTI+. Assustadoramente o Brasil matou ao menos 868 travestis e transexuais nos últimos oito anos, vítimas da transfobia, o que o deixa, disparado, no topo do ranking de países com mais registros de homicídios de pessoas transgêneras. No mundo todo existem mais 70 países, onde ser gay ou lésbica é ilegal, e que pode ser punido com a morte. Todos os dias centenas de jovens são jogados nas ruas pelos pais ou são vítimas de violência por sua orientação sexual. Andar no caminho de Jesus é viver o amor e aceitar as pessoas como Deus as fez, auxiliar a todos e todas no caminho e não se calar ante as injustiça, não aceitar o racismo e misoginia e a violência contra as minorias lutar para que todos e todas tenham sua dignidade salvaguardada. Quando Jesus diz, “Vim causar divisão entre o homem e seu pai, entre a filha e sua mãe entre a nora e sua sogra. Assim os inimigos de uma pessoa serão os da sua própria casa.” (Mt 10, 35) É exatamente isso, o discipulado do amor exige transformações e posições que não são muito bem aceitas pelo sistema. Lutar pelo Reino do Amor pode ser desgastante, gerar inimizades, muitos podem se tornar alvo do ódio e aversão, lutar por justiça, igualdade e paz é muitas vezes criar "inimigos", fazer as pessoas olhar e admitir o erro da injustiça e a ganancia é fazê-las ter consciência que estão erradas, que precisam mudar, sair da zona de conforto e nem todos querem isso. Quando Jesus fez isso há mais de dois mil anos atrás foi supliciado, condenado e morto na Cruz. Viver no Caminho de Jesus é mudar nossas vidas não compactuar com a injustiça é não crer que o egoísmo pode ser mais forte, e isso vai nos separar muitas vezes das pessoas que amamos, vai causar dissensões, porque os profetas e profetizas do amor não podem ser calados. Que Senhor Deus amoroso, transforme nossas vidas cada dia mais para que possamos ser agentes da paz e da renovação no Caminho do Amor.
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Em Romanos 5. 1-8 , somos convidados e convidadas a nos alegrar pois Deus em Cristo nos justifica em uma nova esperança, a esperança daqueles que com fé Depositam sua confiança em Deus que nunca nos desampara, mesmo diante das dificuldades, quando muitas vezes não conseguimos enxergar a luz no final do túnel, através da Fé, esperança e do amor alcançamos essa Luz que é o Cristo.
Em momentos como os que estamos vivendo, neste cenário de medo e morte causado pela propagação do vírus da COVID 19. Ainda mais agora, com abertura de shoppings, academias, lojas e a volta do transporte público, tudo isto contribuiu para elevar exponencialmente a curva do contágio e colocou o Brasil em segundo, atrás dos Estados Unidos. Para dificultar ainda mais o atual governo brasileiro tem bloqueado as informações e mascarado os números. São nestes momentos que precisamos manter nossa fé e esperança em Deus e olhar com solidariedade para aqueles que mais sofrem. No final do século IV da era cristã na cidade de Cesaréia, hoje Turquia, houve uma grande seca o que ocasionou uma enorme escassez de alimentos, diante desta situação as pessoas mais pobres estavam passando fome e morrendo de doenças. Na época São Basílio de Cesaréia era o atual bispo da cidade, vendo que miséria e a fome recaía sobre os mais pobres, Basílio exortou os ricos proprietários de terras a abrirem seus celeiros cheios de grãos e compartilhar com os mais pobres. Basílio começa a sofrer retaliações pelos mais ricos que não querem repartir. Algumas pessoas se sentem comovidas por seus sermões e exortações e o ajudam a levantar fundos para construir uma cozinha comunitária e um hospital, que talvez seja o primeiro hospital da história e existe até hoje. O que vivemos hoje não é diferente. A pandemia pode levar até 14 milhões pessoas no Brasil à pobreza e no mundo, é estimado que 527 milhões atinjam a pobreza. Os dados são de um estudo publicado pelo Instituto Mundial das Nações Unidas para a Pesquisa Econômica do Desenvolvimento. Novamente assim como na época de São Basílio os mais ricos não estão preocupados com essas pessoas. Assim como o rico empresário não está interessado se seu funcionário está na linha de frente trabalhando para não ser despedido, porque precisa alimentar a família, se vai ou não contrair COVID 19, também não está preocupado em despedir funcionários para que seus lucros milionários cresçam ainda mais. O que importa para esse tipo de pessoa é que seus ganhos estejam acima de tudo, inclusive acima da vida. Jesus estava preocupado com todas as pessoas, principalmente com as mais pobres e desvalidas, saiu por toda Israel a curar e alimentar o corpo e o espírito. Sua mensagem é muito clara e nessas épocas soa com maior responsabilidade para aqueles que desejam ser cristãos de verdade, a solidariedade precisa estar em alta nas nossas vidas em ações e gestos. Não podemos nos considerar seguidores de Jesus se realmente não realizamos em nossa vida a sua Palavra, se apenas nos deixamos levar por ações vazias que não se revertem em atos de amor para com aqueles que sofrem, um pequeno ato de amor já é suficiente para começar. Que o Senhor toque em nossos corações e nos faça olhar com amor e cuidado para quem está próximo de nós e necessita da nossa solidariedade. |
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