Não podemos deixar de concorda com Chaplin quando diz: “A vida é significado; a vida é desejo.” Desde os tempos mais remotos o homem e a mulher buscam significados e objetivos para a vida, anseiam por dar um significado maior do que apenas viver, e seguir uma vida sem sentido, mecânica e totalmente imanente. Busca-se um sentido mais transcendente e existencial para a vida, dando sentido e sabor as relações vivenciais.
A busca de dar um sentido mais profundo na vida é um importante fator de prevenção para o suicídio. O alerta foi feito pelo psicólogo Carlos Henrique Aragão Neto, especialista em luto no VI Simpósio Internacional de Prevenção do Suicídio, promovido pelo CVV, em Fortaleza. O pesquisador aponta uma equação complexa, mas direta, entre a falta de sentido e o vazio existencial, que podem resultar no comportamento autodestrutivo. “Alguém com comportamento suicida fala do desespero, mas ninguém nasce desesperado. É o que a gente chama de afeto intolerável”, explica. Mas como dar sentido? Encontrar respostas para as dúvidas da vida? A solução obedece a uma dimensão universal, que envolve o nascer, crescer e morrer, mas também particular, com questões de natureza social, profissional, espiritual e culturais muito específicas de ser para ser. “Às vezes se aposta muito em algo que não dá certo”, observa. A verdade é que o modelo padrão de vida que a sociedade nos oferece é sintético, criado em laboratório, podemos dizer, não permitimos mais que a vida siga seu curso natural estamos a todo momento inserindo mecanismos para controlar as diversas ocorrências, para que tudo saia de acordo com nossas vontades. Esta interrupção do ciclo natural da vida, onde tudo é controlado, nossos desejos pela propaganda e mídia, a forma como nos relacionamos através de compostos químicos que inibem o excesso de ansiedade ou mesmo amortece os sentimentos, um modo de vida totalmente planejado, robotizado. Esse jeito de viver tem causado um grande vazio emocional e espiritual no ser humano. Consultórios psicológicos e psiquiátricos nunca estiveram tão cheios e o mercado tem necessidade de novos profissionais. Segundo dados da OMS (Organização Mundial da Saúde), estima-se que 800 mil pessoas cometam suicídio anualmente, uma a cada 40 segundos, o que equivale a 1,4% dos óbitos totais. Cerca de 78% ocorrem em países de renda média e baixa. Segundo a OMS, apenas 28 países possuem estratégia nacional de combate à morte voluntária. A média global é de 10,7 por 100 mil habitantes, sendo 15/100 mil entre homens e 8 entre as mulheres. O que está acontece conosco? Atingimos a cada dia mais desenvolvimento tecnológico que facilitam a vida e mesmo assim as pessoas não estão felizes? Existem muitas formas de responder a essas perguntas, a mais simples é a falta de sentido para vida. Muitas pessoas não encontram um motivo para viver, o modelo vigente não só tira Deus das pessoas mas, também a capacidade de socialização, tão necessária a sobrevivência da espécie, só conseguimos chegar até aqui porque em todos os momentos de nossa caminhada terrestre estivemos aliados ao sagrado e ao comum, vivendo em grupos experimentamos o real sentido de viver dedicando-se a outros. Somos seres criados exclusivamente para servir um ao outro, através do amor, nos alimentamos do amor divino e devemos redistribuir ao próximo através de ações de solidariedade que são o que dão verdadeiro sentido a vida. Só através do amor é que podemos encontrar sentido na vida, doando-se ao outro sem pensar em retorno, se pensar e receber nada em troca. É o chamado “amor dos santos” desinteressado voltado para o bem e para o crescimento espiritual de todos. Conhecemos várias histórias de pessoas que viviam uma vida vazia, angustiados e obscurecidos pela falta de amor - pois é amando que descobrimos a nossa verdadeira essência e passamos a nos amar também - essas pessoas encontraram significado na vida quando passaram a se dedicar mais ao próximo, a família, aos filhos, esposo ou esposa, ao desconhecido e assim sucessivamente criando uma rede do bem, levando amor a todos. Essas pessoas passaram a não idolatrar mais o dinheiro e o poder, mas aprenderam que o verdadeiro poder, esta em levar o bem a quem precisa. Quando descobrimos nossa verdadeira essência, não há mais motivos para o medo a angustia ou o desejo de morte, quando percebemos o verdadeiro segredo do amor todos os dias são diferentes e cheios de paixão pela vida.
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Nossa íntima ligação com a mãe terra, Pacha Mama tem origem no princípio de nossa criação. Há 7000 mil anos quando os primeiros homens Ândalos foram criados na África, berço da civilização humana, como muitos pesquisadores já afirmaram, estes primeiros homens estavam intimamente ligados a terra e a cultuavam como deusa, geradora da vida e do sustendo e equilíbrio do homem. Não é a toa que a palavra homem tem origem latina e vem de húmus que é terra. Nossa ligação com o ecossistema se dá integralmente porque nós somos parte dele e por ele vivemos e somos nutridos, porque assim como o pluriverso, não considero a criação de um único sistema cosmológico, mas, sim vários, criados por Deus que do caos, do “erro” do “desequilíbrio” ordenou e reorganizou tudo criando todas as coisas através do verbo que é energia, puro calor, a vibração do Espírito, Ruah Kadosch.
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Maio 2023
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