E muito comum ouvir nos noticiários de tevê e jornais noticias sobre fundamentalismos religioso, o que aliás é um assunto que tem feito parte das manchetes dos jornais no mundo inteiro ultimamente. O fundamentalismo pode estar presente em quase todas as religiões, seitas que tem por base algum código doutrinário ou livro sagrado. Geralmente associado às três religiões monoteístas de matriz abraâmica: o judaísmo, o cristianismo e o islamismo. Sendo que estas três raízes possui diversas ramificações que geraram milhares de denominações religiosas.
O próprio cristianismo, que derivou do judaísmo possui milhares de denominações chamadas igrejas, que se espalham nas mais diversas correntes pelo mundo afora angariando milhares de fiéis todos os anos e gerando novas divisões, quando um grupo, ou uma pessoa não está satisfeita é normal sair de onde está e criar uma nova igreja, normalmente levando fiéis da antecessora. A raiz do cristianismo está em duas igrejas: Ortodoxa e católica, que eram uma só até o ano de 1054 e se dividiram, o que chamamos na história de o cisma do ocidente. Hoje, essa duas denominações já possuem um vinculo e um trabalho em conjunto e um ecumenismo muito avançado. Dentro do cristianismo existe o ramo chamado pentecostal, que teve um crescimento vertiginoso nas ultimas décadas no Brasil. Levantamento da Receita Federal aponta que de janeiro de 2010 a fevereiro de 2017 um total de 67.951 entidades foram registradas no País como organizações religiosas — uma média de uma nova igreja fundada a cada hora no Brasil. Em São Paulo, no mesmo período, foram feitos 17.052 novos cadastros na Receita Federal, entre igrejas matrizes e filiais. São as chamadas Igrejas de garagem ou micro igrejas, que estão se multiplicando a cada ano, muitas delas motivadas pela facilidade de angariar dinheiro através dos dízimos. O grande problema é que a maioria dos lideres dessas igrejas, mesmo as mais antigas, não tem nenhuma formação pastoral nem filosófica e tão pouco teológica, muitas vezes esse pastores fazem cursos de alguns meses e já saem com diploma, prontos para assumir um grupo de pessoas, sem ter nenhum conhecimento de como orientar as pessoas. É aí onde surge o grande perigo do fundamentalismo, pessoas despreparadas, sem nenhuma noção do que falam, pregando versículos bíblicos que nem eles mesmos entendem, “tudo isso em nome de Deus.” A história já nos mostrou o quanto o fundamentalismo religioso causou de danos à humanidade, quantas pessoas morreram injustiçadas por causa de algum dogma de fé, para essas pessoas o Deus que deveria ser de amor um pai generoso, se torna o deus da guerra, que castiga e manda castigar os ímpios, tudo isso devido à falta de preparo e de pessoas que usam instituições religiosas para satisfazeres seus objetivos próprios. A maioria das pessoas que frequentam esse tipo de igreja fundamentalista são pessoas mais humildes, com pouca instrução acadêmica, muitas delas recorrem a essas igrejas como ultimo recurso, apavoradas por alguma doença ou dificuldade financeira, caem nas mãos de “raposas felpudas” que lhes prometem o reino dos céus e as chaves do paraíso aqui na terra. Com o tempo o contingente de pessoas que se sentem lesadas por perceberem que estão sendo enganadas com falsas promessas de curas e grande prosperidade aumenta, contudo, não satisfeitas pulam para outra igreja sem perceber que estão correndo o mesmo perigo. O fundamentalismo é uma erva daninha que cresce no meia da sociedade, parece algo bom, que preserva as tradições e os valores, que tem como cerne a família, mas na verdade é uma grande mentira, os escândalos são cada vez mais frequentes, envolvendo lideres, muitos já foram até presos por estelionato e desvios do fisco. Isso sem contar da ultima estância do fundamentalismo onde acontecem verdadeiras guerras como por exemplo na Irlanda entre católicos e protestantes, ou até mesmo na religião muçulmana onde existem grupos ultra fundamentalistas espalhando o medo, o terrorismo e morte por todo o mundo. De acordo com a resenha do economista Marcos Soares sobre o livro: Os Demônios Descem do Norte, "o jornalista Delcio Monteiro expõe como a ideologia capitalista se apropriou em seu favor de um fenômeno religioso surgido na América do Norte no século XIX. O fenômeno é o protestantismo norte-americano, mas o autor também tece considerações sobre as seguintes igrejas neocristãs (ou pseudocristãs) que exercem papel semelhante nessa empreitada: Testemunhas de Jeová, Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias (mais conhecida como Igreja de Mórmon ou Mormonismo), Associação do Espírito Santo para a Unificação do Cristianismo Mundial – a seita Moon –, e ainda as entidades transconfessionais. O autor descreve o processo de alastramento dessas denominações religiosas (chamadas por ele de seitas) no continente latino-americano num período em que os levantes populares e as ditaduras fervilhavam na América Latina. No livro, Delcio elucida que não foi a ideologia capitalista que criou tal fenômeno religioso de maneira sistemática para atacar o comunismo na América Latina. Embora não seja possível dissociar as ideias protestantes dos ideais capitalistas (como expôs Max Weber em clássica obra A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo), o que Delcio quis mostrar é que os ideólogos do capitalismo se aproveitaram da efervescência religiosa do século passado para somar forças contra os levantes comunistas da população latino-americana. De fato, a política conservadora norte-americana se aliou ao protestantismo, de modo que um passou a favorecer o outro num jogo de benefícios recíprocos para os dois lados. Nesse sentido, a facilidade com que as seitas norte-americanas se infiltraram na América Latina não foi inocente, mas sim um acontecimento pensado com claras finalidades no campo político do nosso continente. Não é por acaso também a grande soma de investimentos direcionados para o mercado religioso – levando o autor a se perguntar de onde vem tão grande quantidade de dinheiro! São inúmeros os canais televisivos religiosos, revistas, jornais etc." Existem grandes pretensões políticas desses grupos pentecostais de promover seus lideres e membros a cargos políticos, utilizando-se do grande números de fiéis como massa de manobra para elegerem-se, tendo maioria no congresso nacional, travando pautas de importância para o desenvolvimento do pais e produzindo projetos de seus interesses, onde o grande projeto seria a “conversão” do Brasil em um país de maioria evangélica. Esse fenômeno pentecostal só tem aumentado nos países subdesenvolvidos, sobretudo na América Latina, onde há pobreza e as desigualdades sociais são gigantes, transformado pessoas em obreiros, que sedentos por novas almas saem pregando e aumentando o rebanho. Em países de primeiro mundo essas igrejas não conseguem crescer, porque além de ter um controle para evitar que se crie igrejas o tempo todo, existe um maior esclarecimento das pessoas que não se deixam levar por doutrinas fundamentalistas. ara editar.
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Maio 2023
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