Primeiramente acredito que precisamos assumir uma postura de compromisso diante da Palavra de Deus, sendo batizados nos tornamos co-participantes do sacerdócio de Jesus e consequentemente seus discípulos, com a tarefa de anunciar o Reino de Deus. Como anglicanos ainda somos chamados através das marcas da missão a evangelizar e ajudar a formar os novos cristãos. Desta forma é uma tarefa universal de todos cristão orientar e esclarecer aqueles que chegam ou que possuem pouco conhecimento na fé.
Além de pensar na Bíblia como Palavra de Deus devemos também pensar como ela se faz uma realidade para nós hoje, tanto como indivíduos quanto como comunidade. A Bíblia foi escrita, preservada e transmitida por uma comunidade de fé e também é dedicada à comunidade. Por isso, o lugar natural para ouvi-la, interpretá-la e discuti-la é na comunidade reunida, tanto para a adoração quanto para o estudo comunitário da Bíblia. Porém, interpretar não é uma atividade informativa exclusiva dos pregadores, dos exegetas e dos especialistas bíblicos; é uma atividade comunitária para a qual todos e cada um, incluindo o pregador, o exegeta, o especialista bíblico, e os que têm mais conhecimentos dentro do grupo, devem contribuir. Ainda no âmbito das comunidades é preciso criar uma cultura de envolvimento com o estudo e a formação bíblica, tão importante para o crescimento das comunidades, com formação de base e uma hermenêutica aberta e voltada para o crescimento, deixam de crescer no seio das comunidades o fundamentalismo religioso tão disseminado por muitas confissões pentecostais atualmente. A Palavra de Deus que deve promover vida, sentido, orientar e não rebaixar, tornar o cristão um mero servidor, que serve por medo e não por amor, que serve ao um Deus vingativo, impiedoso, incapaz de perdoar. É consciência de que Deus nos ama indistintamente e como tal devemos distribuir seu amor na comunidade ou onde estamos presentes, através do cuidado uns dos outros, que vemos os sinais da mensagem de Deus bem plantada em jardins que dão frutos. A formação cristã tanto para clérigos e clérigas, leigos e leigas deve e tem que ser constante, as comunidades são lugares de convívio fraterno, louvor adoração, mas também escolas do Evangelho, ali aprendemos, ouvimos, discutimos e devemos começar a vivenciar a Palavra de Deus. Evidentemente que aqueles que possuem mais formação serão os que mais devem estar preocupados e encarregados da exegese comunitária, decodificando a mensagem sempre com muito amor e muito cuidado, sabendo que a mensagem precisa ser viva, promover vida, luz, inclusão e libertação.
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Maio 2023
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