O sofrimento esteve sempre muito ligado ao um um pseudo estado espiritual de graca, muitas religiões acreditam que o homem só pode alcançar um estado de bem estar espiritual e verdadeira união com Deus através da penitência profunda, sofrimento causado muitas vezes pela multilação e a auto flagelação, pregada durante toda a idade média, principalmente praticada pelos mais humildes. No cristianismo, por exemplo, muitas santos pregaram a penitência austera e o sofrimento como o único caminho para a salvação da alma. Existem verdadeiro tratados religiosos que ensinam que a salvação só pode vir através do sofrimento. Milhares de pessoas durante aceitam uma condição de vida miserável, sem condições de pobreza doença e sofrimento, acreditando que com isso estão garantindo o paraíso para suas almas, a salvação eterna. Enquanto os menos esclarecidos sofriam os nobres e o clero enriqueciam e amealhavam mais bens ao seu patrimônio as custas dos fiéis penitentes que aceitavam sua condição acreditando que era a vontade divina.
Com certeza nossa natureza humana não prefere a vida sofrida e a angústia das dificuldades, quando aceitamos o sofrimento estamos andando na contra mão daquilo que o criador planejou: “crescei multiplicai-vo.” Não obstante, esse crescer, vem com um profundo significado de prosperidade e abundância de felicidades, pois Deus fez o homem para ser destinado a felicidade que começa aqui, já e não na vida futura. Não é o sofrimento da cruz que vai nos garantir a felicidade eterna, mas, sim a alegria que vem coma busca de uma vida cheia de coisas boas e sobretudo muita alegria pelo maior presente que é o da vida, um dos maiores dons designados ao homem, pois se a vida encerra com a morte e a morte é a preparação para a vida futura deve ser dotada de tudo o que é bom e nos traz felicidade e realizações pessoais. Não há bem maior neste mundo que a satisfação através da realização de fazer o próximo feliz.A felicidade não está alicerçada no material ao contrário o ter somente pelo ter o poder apenas para a satisfação pessoal tende a gerar sofrimentos e angustias que na maioria das vezes nos levarão a tornar-se amargos e não acreditar no amor verdadeiro e na felicidade que está justamente nas coisas mais simples e geralmente nos não conseguimos enchergar. Também é preciso entender que não existe felicidade sem momentos de dificuldades, mesmo na felicidade haverão momentos difíceis, de perdas e desilusão de esvaziamento espiritual e emocional, as noites escuras do espírito que todos passamos de uma forma ou de outra, e é nesse momento que nos agarramos a felicidade para aliviar a caminhada e ter força para prosseguir, felicidade que pode estar na família, nos filhos no outro, amor, sem ser dependente, nem mesquinho ou interessado, apenas e tão somente pelo pleno e feliz desejo de amar. Pois como disse São Paulo em sua elegia ao amor: “O amor é paciente, o amor é bondoso. Não inveja, não se vangloria, não se orgulha. Não maltrata, não procura seus interesses, não se ira facilmente, não guarda rancor. O amor não se alegra com a injustiça, mas se alegra com a verdade.Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.”
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Maio 2023
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